Botões

25/07/2013

A embalagem que você come



O escritor francês Júlio Verne, conhecido como o pai da ficção científica, escreveu obras que ganharam o público ao descrever tecnologias e descobertas científicas muito antes delas se tornarem realidade. No livro Viagem ao Redor da Lua, de 1869, que também virou filme, o escritor antecipa as viagens espaciais do homem. Já em Vinte Mil Léguas Submarinas, de 1870, Verne criou o submarino Nautilus, 25 anos antes de o transporte debaixo da água ser viabilizado, de fato, por cientistas.

Apaixonado pela ciência, Júlio Verne não tinha formação acadêmica, mas pôde prever alguns avanços tecnológicos muito antes de acontecerem. Para o escritor, tudo que era possível para um homem imaginar poderia ser realizado.

Provavelmente, ele não pensou em algo tão específico como o progresso da tecnologia agrícola para permitir que frutas e legumes tenham mais tempo de conservação ou mecanismos que apontem o tempo ideal de irrigação do solo. No entanto, pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), têm tido resultados promissores no estudo de nanotecnologias para o agronegócio.

O estudo sobre películas invisíveis e comestíveis de proteção de alimentos tem produzido um material capaz de substituir os plásticos utilizados para envolver e proteger alimentos. A tecnologia permitirá que os alimentos sejam colhidos maduros. Atualmente, frutas e verduras são retiradas dos pés ainda verdes, ou passam por processos de amadurecimento forçado por produtos químicos, com o objetivo de aumentar seu tempo de consumo.

Segundo o coordenador da pesquisa, Rubens Bernardes Filho, o revestimento poderá diminuir em até 40% o desperdício de alimentos no período que vai da pós-colheita até o transporte e a distribuição. “Além disso, a utilização dessa inovação pode agregar valor às frutas e hortaliças brasileiras destinadas à exportação”. diz.

“A fruta é colhida um pouco verde, porque ela vai passar por um período de processamento, transporte, exposição e é ideal que chegue ao consumidor em uma situação adequada de consumo. Se conseguirmos retardar esse processo de envelhecimento, faz com que a colheita seja realizada mais tardiamente. Isso melhora a qualidade da fruta”, explica Bernardes.

Com o revestimento, frutas e verduras podem levar até 20 dias para começar a se degradar após a colheita. Sem proteção, os alimentos levam, em média, quatro dias para iniciar o processo de apodrecimento. O período varia de acordo com o tipo de alimento. A maçã, por exemplo, pode ser armazenada, em temperatura ambiente, de cinco a oito dias. Se estiver revestida, esse prazo aumenta para até 17 dias.

Além da maçã, a pesquisa já foi testada em manga, pera, banana, castanhas e hortaliças. Os filmes comestíveis são produzidos de acordo com cada tipo de alimento e podem ser feitos de amido de milho ou proteínas da soja. “O milho usado para o amido e o óleo da proteína são pouco utilizados, é o rejeito da indústria”, diz o pesquisador.

Os alimentos são revestidos por imersão, banhados em uma solução líquida, e secam naturalmente. Ao secar, um filme invisível se forma na superfície, protegendo os alimentos. Esse filme diminui as trocas gasosas e cria uma barreira impedindo a perda de água do alimento. O revestimento não dispensa a necessidade de proteção, como caixas, para evitar que os frutos se estraguem no transporte até o consumidor.

“O revestimento é muito simples. É basicamente colher a fruta, higienizar, fazer uma lavagem. Uma vez higienizada, ela tem que ser envolvida por um filme”. Ele acrescentou que o procedimento, em escala laboratorial, é simplesmente molhar a fruta, por imersão, em uma solução.

As pesquisas identificaram um efeito antifúngico do revestimento que previne a proliferação dos fungos, além de inibir o crescimento de bactérias. Por outro lado, os estudos indicam que a película pode estimular o consumo. “Identificamos que, nos testes em laboratório, ratos comiam 20% a mais a ração revestida”. A tecnologia, possível devido ao tamanho nanométrico das partículas que compõem as películas, ainda não tem previsão de chegar ao mercado.

fonte: SRB 

27/05/2013

Vai mais numa praga aí ???

Cientistas explicam sobre novas pragas que podem destroçar lavouras.
Pesquisadores brasileiros estão empenhados em detectar as pragas potenciais que podem atacar lavouras brasileiras na próximas safras, após um recente prejuízo bilionário provocado por um ataque inédito de um tipo de lagarta na última temporada.
A abertura de novas rotas rodoviárias para países vizinhos da América do Sul e o maior fluxo de turistas no Brasil em eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos podem elevar as chances de entradas de pragas exóticas, dizem especialistas.
"Estamos totalmente desorganizados contra as ameaças para o agronegócio e para a agricultura familiar. Nós somos muito vulneráveis. A partir do momento que entra uma praga, é um desarranjo total", disse à Reuters o presidente da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), Evaldo Vilela, no intervalo de um evento em São Paulo.

O pesquisador lembrou que na mais recente safra de verão lavouras de soja e algodão do oeste da Bahia sofreram com um inesperado ataque da lagarta helicoverpa, causando prejuízos estimados em 2 bilhões de reais, segundo estimativa do Ministério da Agricultura.
A helicoverpa é uma lagarta que historicamente atacava lavouras de milho, mas recentemente passou a ser encontrada em outras culturas.
Em março e abril, já no fim da safra, as autoridades federais autorizaram emergencialmente a comercialização de tipos adicionais de agrotóxicos para combater a praga.
Um estudo ainda inédito a que a Reuters teve acesso mostra que há 44 espécies de insetos e ácaros quarentenários ausentes no Brasil, mas presentes em pelo menos um país da América do Sul ou em Trinidade e Tobago.
O levantamento dos cientistas aponta que o recente aumento de trânsito de pessoas entre o Brasil e países vizinhos, inclusive devido a obras do governo federal para abrir melhores acessos rodoviários a países como o Peru, torna Estados como Acre e Roraima como os mais vulneráveis a novas pragas.
Das espécies que ocorrem atualmente apenas em países vizinhos, sete podem afetar a cadeia de citrus, cinco a cadeia da soja e do milho, três espécies podem atacar o algodão, uma espécie a cana e uma espécie o café.
"Mais trânsito de pessoas, mais entrada de pragas", disse a cientista Regina Suhayama, da consultoria Agropec, responsável pelo mapeamento.
Os pesquisadores afirmam que não há estudos sobre o impacto econômico causado pelas atuais infestações e nem sobre o prejuízo potencial do ataque de pragas ainda inexistentes no Brasil.
"Nem isso nós temos", afirmou Vilela, da SBDA.
Por outro lado, os especialistas são enfáticos em salientar que um controle antecipado é muito mais barato para o governo e para o setor privado do que combater quando o problema está instalado.
"Cada real investido na prevenção e no monitoramento se multiplica na casa das centenas", ressaltou a pesquisadora da Esalq/USP Silvia de Miranda, especializada em avaliar potenciais repercussões financeiras do ataque de pragas.
Os especialistas estiveram reunidos em um seminário técnico nesta quinta-feira, em São Paulo.
INDÚSTRIA
As indústrias de defensivos se preparam para um ano de maior demanda e também valores mais elevados em 2013, mas afirmam que este aumento é motivado principalmente por questões de mercado, com produtores se preparando para plantar mais uma grande safra de grãos, em meio a preços elevados no mercado internacional.
"O produtor capitalizado está fazendo um hedge (proteção) comprando defensivos, fertilizantes e sementes antecipadamente. Há uma predisposição ainda em 2013 para tentar obter uma produtividade maior", disse o diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher.
O crescimento de vendas no setor de defensivos agrícolas deve ser de 7 a 8 por cento este ano, projetou Daher.
A demanda adicional em função de eventuais novas pragas não pode ser dimensionada, ressaltou o executivo.
Ao longo do desenvolvimento das lavouras em 2012/13 houve reclamação de produtores de falta de defensivos para combater ataques inesperados de pragas. Daher acredita que tenham sido "casos isolados" e garante que a indústria "está preparada" para ofertar maiores volumes.
A Bayer, importante indústria de agroquímicos do país, é um exemplo de empresa que se preparando para uma demanda crescente este ano, com ênfase no segundo semestre, ao otimizar a produção de sua unidade no Rio de Janeiro.
"Nós temos capacidade ociosa no comércio do ano e falta capacidade na segunda metade. Estamos tentando administrar isso da melhor forma possível", disse o presidente da empresa no Brasil, Theo van der Loo, em uma conversa com jornalistas na quarta-feira.

PREOCUPAÇÃO COM APROVAÇÕES
Além da capacidade industrial, as fabricantes do setor de defensivos se preocupam com a lentidão na aprovação de novos produtos pelas autoridades brasileiras para fazer frente a novas pragas.
"Você acha que a lagarta helicoverpa sabe qual é o calendário de reuniões do Ministério da Agricultura? O Brasil criou um marco regulatório federal e está hoje enroscado nele. A lagarta ganha da burocracia", disse Eduardo Daher.
"O que acontece hoje é que passa pelo Ministério da Agricultura, Ibama e Anvisa. Atualmente a Anvisa demora mais de 4 anos para analisar um processo, no caso dos agroquímicos", ressaltou van der Loo, da Bayer.
Fonte: Agência Reuters - 23/05

28/04/2013

Segurança alimentar


por *João Sereno Lammel 

Em seu aguardado e mais recente relatório, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê para este ano um crescimento global de 3,5%, índice ligeiramente acima dos 3,2% alcançados no ano passado.

Com economias mais robustas e equilibradas, os países em desenvolvimento serão os responsáveis, em grande parte, por garantir esse resultado, com estimativa de crescimento em torno de 5,3%. O temor maior continuará sendo a chamada zona do Euro, com dificuldade para virar o jogo depois de uma crise sem precedentes.

Diante do cenário sombrio, explica-se o fato de a palavra 'crise' ocupar o centro das discussões sobre os desafios globais entre líderes políticos, empresários e acadêmicos de mundo. Explica, mas não se justifica. A lamentar é o fato de, ao analisarem temas candentes, sem dúvida, como a crise econômica, estar ausente das discussões uma de suas principais consequências. Ou seja, é preciso recolocar na pauta de prioridades um capítulo crucial para o ser humano e as aspirações de um futuro melhor: a desnutrição e fome no mundo.

De acordo com a FAO, órgão das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, o drama atinge cerca de 870 milhões de pessoas, ou seja, 12,5% da população mundial. 'A desnutrição infantil leva à morte, por ano, mais de 2,5 milhões de crianças', alertou, recentemente, Hélder Muteia, representante da entidade no Brasil, durante o Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos, realizado em São Paulo pela FAO e entidades do agronegócio.

O assunto, embora possa parecer distante para a maioria de nós, na verdade está bastante próximo da nossa realidade. A pobreza extrema no Brasil regrediu nos últimos anos, mas ainda atinge 8% da população - cerca de 15 milhões de brasileiros. Em setembro de 2000, na véspera da virada do milênio, os 191 países-membros da ONU declararam os Objetivos do Milênio, com oito metas para o desenvolvimento. Reduzir a fome à metade foi eleita como a primeira das metas. Observa-se, contudo, a tímida repercussão internacional deste tema, ausente nas discussões em Davos, e a postura pusilânime de todos nós frente a este flagelo humano.

É equivocada a ideia de que existe fome devido ao desperdício de alimentos. Estudo recente da Institution of Mechanical Engineers, da Inglaterra, admitiu a existência do descarte de alimentos mesmo em bom estado, mas também criticou outros dois fatores: os prazos de validade determinados por órgãos regulatórios, que avalia como exagerados, e a falta de infraestrutura de transportes e armazenamento.

Somem-se a isso as intempéries climáticas que frequentemente frustram as colheitas: nesta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, USDA, reduziu a previsão da safra mundial de soja 2011/2012, de 257 para 251 milhões de toneladas - quebra de 5,5 milhões de toneladas -, devido à estiagem nos principais países produtores, Estados Unidos, Brasil e Argentina.

A lei da demanda versus preços também é implacável no caso de produtos in natura: um exemplo tem sido a queda nas vendas quando a ANVISA, do Ministério da Saúde, divulga de forma alarmista os índices de resíduos em frutas e hortaliças. 'Além de recebermos até 50% menos pelo que conseguimos vender, grande parte da produção sobra e acaba indo para o lixo', afirma Mariliza Soranz, horticultora e secretária de Agricultura do município de Jarinu (SP).

Por fim, outro fator a ser considerado é a baixa produtividade das culturas em países pobres e em desenvolvimento, em consequência da ainda reduzida adoção de tecnologias como sementes de qualidade, mecanização, fertilizantes, defensivos agrícolas e armazenagem adequada.

Nesse ponto, vale destacar o exemplo brasileiro. O País dispõe, hoje, segundo estudo da consultoria Andrade & Canellas, de aproximadamente 200 milhões de hectares livres para o cultivo - a maior área entre os grandes países agrícolas -, sem precisar avançar um palmo sobre biomas como o Cerrado e a Amazônia.

As tecnologias incorporadas nas três últimas décadas resultaram em expressivos ganhos de produtividade, ocupando menor área (poupança de 74 milhões de hectares). Ou seja, o Brasil alcançou lugar estratégico na segurança alimentar mundial.

Portanto, se a maioria dos líderes mundiais tem passado ao largo de tema tão importante como a fome, cabe às lideranças brasileiras - governo, especialistas, empresas e a sociedade civil organizada -, assumirem a relevância e o protagonismo do País e recolocarem, na pauta de debates, esta agenda decisiva para o futuro da humanidade.

*João Sereno Lammel, 58 anos, engenheiro agrônomo, é presidente da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Andef.

27/04/2013

Brasil pode aumentar em 40% a produção até 2050 preservando o meio ambiente


A agricultura brasileira está preparada para enfrentar o desafio de garantir o País como um dos principais fornecedores de alimentos para a população mundial, tendo condições de aumentar em 40% sua produção agrícola, até 2050, superando os números atuais, já promissores, de colher 184 milhões de toneladas de grãos em 2013, sem comprometer a preservação ambiental no País, que tem 61% de seu território preservado com vegetação nativa.
Foi o que afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, em debate realizado nesta semana no Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina, realizado em Lima, no Peru.
Desafio a ser enfrentado - A presidente da CNA se referia a um estudo feito pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que prevê para o ano de 2050 uma população de 9 bilhões de pessoas no mundo, dois bilhões a mais em relação aos números atuais, ávida por alimentos.
E, em razão disso, a produção agrícola do mundo precisará aumentar em 60%, em comparação os números de hoje. A meta fixada pela entidade para o Brasil é o incremento de sua produção em mais 40%, o maior percentual em comparação com os demais países.
O Brasil, segundo ela, terá condições de atingir o objetivo colocado pela FAO porque a “agricultura do País conseguiu ao longo dos últimos 40 anos melhorar a produtividade, reduzir custos e financeiros e preservar o meio ambiente”.
É só lembrar, segundo ela, a situação existente em 1976, quando de fato teve início a nova agricultura brasileira. Naquela época, o Brasil produziu 46,9 milhões de toneladas de grãos e fibras, em uma plantada de 37,3 milhões de hectares. Em 2013, o País vai colher 184 milhões de grãos em uma área de apenas 53 milhões de hectares. Isso significa dizer que a produção cresceu 292% e a área plantada apenas 42%, um salto de 176% de produtividade.
Katia Abreu lembrou que o Brasil tem as condições indispensáveis em termos de tecnologia – desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Emprapa) – responsável pela criação de uma agricultura tropical que retirou os produtores da dependência histórica da Europa. “É só não esquecer que, antes das técnicas desenvolvidas pela Embrapa, o Brasil era importador de carne da Austrália, de leite da Europa e até de arroz, que vinha das Filipinas”, disse ela.
O Brasil, segundo Kátia Abreu terá um papel fundamental como fornecedor de alimentos do mundo nas próximas décadas, porque “dispõe de tecnologia, terra agriculturas e uma forte presença capitalista no setor agrícola”. Esse aumento da produção de grãos,  mostrou Kátia Abreu, ocorrerá sem a abertura de novas fronteiras agrícolas, sem desmatamento e com o uso intensivo de novas tecnologias.
A presidente da CNA mostrou as vantagens comparativas do Brasil, no caso da produção agrícola, em relação a países como os Estados Unidos, China e Índia. “Enquanto a China será decisiva na produção industrial e a Índia será líder na área de serviços, o Brasil  será uma potência agrícola, a grande fazenda do mundo”,  destacou.
Escassez de água - Uma das vantagens comparativas do Brasil em relação aos norte-americanos, chineses e indianos, na área agrícola, é que “nós possuímos, por exemplo, 12% de toda a água doce existente no mundo, além de novas áreas para irrigação”.
O fato é que o Brasil possui ainda 30 milhões de hectares que podem ser irrigados, cujos investimentos financeiros poderão ser concretizados, aumentando a produção agrícola sem necessidade de desmatar as florestas ou poluir rios, mostrou Katia Abreu aos debatedores do Fórum Econômico Mundial para a América Latina.
Seguro agrícola - Em sua apresentação no Fórum, Kátia Abreu referiu-se, ainda, a duas questões que ela considera fundamentais: as dificuldades do Estado brasileiro em cumprir seu papel como indutor do crescimento econômico, lembrando a precariedade das estradas e ferrovias do País e a ausência de um sistema eficiente de hidrovias para o escoamento da produção agrícola. Tal situação, enfatizou, eleva os custos de produção e encarece o preço final ao consumidor.
Outro tema colocado em discussão por ela foi o seguro agrícola. Nos países chamados de primeira linha, caso dos Estados Unidos, 86% da produção agrícola é totalmente coberto por seguro. No Brasil, “infelizmente, podem acreditar, apenas 5% da produção possui seguro agrícola. Nós estamos trabalhando para mudar essa situação, de forma gradual”.
Também participaram da mesa redonda sobre  a América Latina e o contexto econômico mundial,  no Fórum Econômico Global para a América Latina, Gary Coleman, Diretor Executivo das Indústrias Globais (Deloitte, EUA); Carlos Garcia Moreno Elizondo, da América Movil (México); Mari Elka Pangestu, ministra de Turismo e Economia Criativa (Indonésia); Jordi Botifoll, presidente da Cisco Systems para a América Latina; e Jon Azua, presidente CEO da Enovatinglab(Espanha)

16/04/2013

IAC não recomenda uso de fertilizantes minerais fluidos


IAC não recomenda uso de fertilizantes minerais fluidos (comercializados como “calcário líquido”) para corrigir acidez do solo
O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, vem a público comunicar que, com base em resultados 
de pesquisas científicas, não aprova ouso de fertilizantes minerais fluidos, que vêm sendo 
comercializados como “calcário líquido”, visando à correção da acidez do solo. Portanto, o IAC não
autorizaa associação de seu nome com qualquer recomendação de correção de acidez do solo por 
meio de fertilizantes minerais fluidos (“calcário líquido”). O IAC somente recomenda o uso de 
materiais corretivos de acidez que atendam às exigências legais do Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento, contidas na Instrução Normativa Nº 35/2006.
O Instituto trabalha há muitos anos no desenvolvimento de recomendações de adubação e calagem 
para o Estado de São Paulo. Essas recomendações são permanentemente atualizadas em função 
da evolução das práticas de manejo do solo e das culturas estudadas. Além de trabalhos em laboratório,
para elaborar estas recomendações são realizados muitos  ensaios em campo, sob diferentes condições 
edafoclimáticas e sistemas de manejo.

Orientações oficiais do IAC para correção de problemas associados à acidez do solo podem ser 
consultadas nas seguintes publicações: 

Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo
Boletim técnico n.° 100. Editores: Bernardo van Raij, Heitor Cantarella, 
José Antonio Quaggio e Ângela Maria Cangiani Furlani. Campinas, IAC, 1997.

            Acidez e calagem em solos tropicais. Autor: José Antonio Quaggio. Campinas, IAC, 2000.

            Gesso na agricultura. Autor: Bernardo van Raij. Campinas, IAC, 2008.

Dúvidas em relação ao uso de fertilizantes minerais fluidos devem ser endereçadas ao Centro de 
Solos e Recursos Ambientais do IAC, pelo e-mail solos@iac.sp.gov.br, ou para Instituto Agronômico, 
Centro de Solos e Recursos Ambientais, Caixa Postal 28, CEP: 13012-970 Campinas, SP.

15/04/2013

Conservação do Solo


BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS



Andef apoia encontro de hortifruticultores do cinturão verde de São Paulo.

Nos dias 12 e 13 de abril, a cidade de Jarinu, no interior de São Paulo, sediará o 9º Encontro de Hortifrutiflores do município e região, que faz parte do Cinturão Verde do estado. O evento é uma realização da Associação dos Produtores locais e conta com apoio da Andef - Associação Nacional de Defesa Vegetal pelo segundo ano consecutivo.
'Atividades como essa são imprescindíveis para o avanço da produção de alimentos no Brasil, pois levam conhecimento e tecnologia de ponta aos produtores de frutas e hortaliças', afirma Eduardo Daher, Diretor Executivo da Andef. 'Somente com uma produção moderna e baseada na Ciência é que conseguiremos atender a demanda mundial de alimentos que o País vem recebendo de organismos internacionais', enfatiza.
No primeiro dia do Encontro, os participantes conhecerão os resultados do 'Programa de monitoramento da saúde de agricultores com exposição a agroquímicos', coordenado pelo médico-toxicologista e Professor da Unicamp, Dr. Ângelo Trapé. 
Em seguida, serão ministradas palestras sobre diversos temas, como: Novo Código Florestal, Manejo e monitoramento de pragas e doenças, variedade de cultivares, entre outros. No sábado, dia 13, haverá uma visita técnica ao Sítio Norival Gallo, com foco em 'Manejo de poda e produção'.

Mariliza Scarelli Soranz, Secretária da Agricultura e Meio Ambiente de Jarinu, ressalta que o objetivo do evento é estimular o potencial e a responsabilidade do empresário rural. 'Desta forma, ele produzirá com mais qualidade, conhecerá novas pesquisas, novos produtos e melhores tecnologias que levam às boas práticas agrícolas, como manejo de solo e de produção, pós-colheita e comercialização', explica.
Mariliza, que também compõe a diretoria do Ibraf - Instituto Brasileiro de Frutas, comemora o sucesso que o evento vem conquistando ano a ano. Na última edição, entre os participantes estavam produtores de frutas de caroço, trabalhadores rurais, universitários, pesquisadores e empresários do segmento agrícola das regiões de Jarinu, Vinhedo, Botucatu, sul de Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, além de representantes de outras associações e cooperativas. 'Isso demonstra a importância do Encontro e a necessidade que o produtor de hortifruti tem de receber conhecimento e atualização sobre as técnicas mais modernas para sua lavoura', destaca.