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11/01/2012

Enfim, a verdade sobre os agrotóxicos



guia veja menor.jpgPautada nos dados que a ANVISA divulgou, dia 7 de dezembro, sobre a possível presença de resíduos de agroquímicos nos alimentos, a edição de 4 de janeiro de 2012 do Guia Veja está muito bem embasada. Recorreu a diversas entrevistas junto a representativas fontes acadêmicas e especialistas em Agronomia, Nutrição e Medicina. O resultado jornalístico desse trabalho amplo e isento - ouvindo diversas opiniões contrárias - contrapõe o que vem sendo publicado por grande parte da mídia sobre os defensivos agrícolas.
Um dos entrevistados para a reportagem, o médico Ângelo Zanaga Trapé afirmou em recente artigo: 'Avaliando os alimentos realçados pela ANVISA e pela mídia como os mais 'contaminados', o pimentão teve 91% de 146 amostras 'insatisfatórias'; porém, 84,9%  com presença de ingredientes ativos sem registros para a cultura. No entanto, quando comparado com os valores de Limites Máximo de Resíduos, LMR, estabelecidos para culturas semelhantes, o pimentão teve índice 0,0%'. Ou seja, nenhuma amostra, sequer, ultrapassou o limite de LMR, o que atesta sua segurança.
Os jornalistas, lamentavelmente, não têm sido devidamente esclarecidos pela Agência de Saúde ao divulgar as análises. Essa repercussão vem causando inúmeros prejuízos, em especial aos pequenos e médios produtores, pela queda de consumo e dos preços de fruta e hortaliças. Foi o que mostrou o jornalista Mauro Zafalon, no jornal Folha de S. Paulo (29.12.11), sob o título 'Produtor ainda sofre efeito da lista da Anvisa'.
Certamente, a edição do Guia Veja contribuirá para esclarecer os consumidores e a opinião pública sobre o papel dos defensivos para a produtividade agrícola e a segurança alimentar e nutricional dos alimentos que chegam às nossas mesas, graças às modernas tecnologias e à dedicação de milhares de agricultores.
Comunicação ANDEF
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Comunidade científica, especialistas e lideranças parabenizam a revista Veja:
Os fatos, à luz da CiênciaO jornalismo brasileiro é, indiscutivelmente, de alta qualidade, mas se caracteriza pelo interesse menor, de modo geral, por reportagens de cunho científico. Quando trata de áreas que exigem conhecimentos específicos, a superficialidade tem levado a informações equivocadas. Por isso, merece aplausos a forma didática e equilibrada com que o Guia Veja abordou o tema defensivos agrícolas - termo mais apropriado do que agrotóxicos, como lembrou bem a reportagem, por atuar na defesa dos alimentos contra as pragas. Nos últimos tempos, este assunto ganhou as manchetes de forma indevidamente exacerbada. Assim, o excelente serviço prestado por Veja foi trazer, à luz da Ciência, o papel de uma tecnologia essencial para os agricultores que têm missão de alimentar de forma saudável 7 bilhões de pessoas em todo o mundo.
Eduardo Daher
Diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal - Andef
Equilíbrio com o meio ambienteOs defensivos agrícolas se tornaram motivos de receios injustificados de consumidores e, mais inexplicável, alvos de ataques dos militantes contrários ao uso de tecnologias no agronegócio - setor brasileiro que vai muito bem, obrigado. Os agrotóxicos são imprescindíveis no manejo integrado das pragas (insetos-pragas, doenças e plantas daninhas) que causam cerca de 40% de perdas na agricultura, de acordo com a FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação, visando mantê-las em equilíbrio com o meio ambiente. No entanto, os rebeldes sem-causa de hoje preferiam viver um século atrás, tempo em que as pragas devastavam lavouras e levaram o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, em viagem pelo interior brasileiro, a criar a frase que se tornou famosa: 'O Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil'.
Laércio Zambolim
Engenheiro agrônomo, professor Dr. Titular de Manejo Integrado de Doenças de Plantas - Universidade Federal de Viçosa
Reconhecimento aos profissionais das Ciências AgráriasTrabalho há mais de quatro décadas em educação e treinamento do homem no campo e parabenizo Veja pela esclarecedora reportagem - um reconhecimento aos profissionais das Ciências Agrárias. Afinal, pelos campos deste imenso país afora eles contribuíram de forma expressiva para o atual sucesso da produção de alimentos saudáveis, com modernas tecnologias e, ao mesmo tempo, sustentável.
Marçal Zuppi
Engenheiro agrônomo e consultor em Educação e Treinamento
Importância para o controle de pragas
A legislação para registro e comercialização de agrotóxicos no Brasil é uma das mais rigorosas do mundo e tais produtos são vendidos exclusivamente mediante receituário agronômico. Quem usa defensivo sabe de sua importância para o controle de pragas, assim como conhece suas limitações. Não interessa a ninguém que sejam usados fora das recomendações do rótulo.
Sergio Luiz de Almeida
Engenheiro agrônomo - São Paulo, SP
A Química e a visão da ONUNos últimos anos, vem se acentuando uma visão contrária a tudo aquilo que pertence ao universo químico e, por outro lado, supervaloriza o que é apontado como 'natural'. Este é o equívoco que está na base das críticas infundadas aos defensivos agrícolas. Melhor ficar com a ONU, que ao eleger 2011 como o ano internacional, enalteceu a ciência da Química 'e sua contribuição ao progresso e à promoção de um meio-ambiente cada vez mais saudável'.
Henrique Mazotini
Presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários
O competitivo agronegócio brasileiroAs críticas, sem base científica, aos agrotóxicos fazem coro à outra frente, ainda mais virulenta: a das lideranças dos movimentos sociais que se colocam, de forma difusa, contra o agronegócio - sim, um dos setores mais competitivos para a economia brasileira e internacionalmente.
Cesário Ramalho
Presidente da Sociedade Rural Brasileira, SRB
Alimentos saudáveis e baratosMuito boa a reportagem sobre a qualidade dos alimentos produzidos no Brasil. Como um dos entrevistados, cumprimento as jornalistas responsáveis. Importante para dar tranquilidade aos consumidores e resgatar a imagem e reputação da agricultura brasileira. A produção de alimentos tem que duplicar ou triplicar até 2050, quando teremos 9 bilhões de habitantes na Terra. Precisamos produzir alimentos saudáveis e baratos. O Brasil é o País que mais contribuirá para atender esta demanda, segundo órgãos internacionais.
José Otávio M. Menten
Doutor em Agronomia, Professor Associado do Dep. de Fitopatologia e Nematologia - ESALQ/USP
Cunho técnico ao debate da segurança alimentarO relatório da ANVISA sobre resíduos de agrotóxicos nos alimentos é divulgado anualmente sempre com injustificado estardalhaço. Preocupam não tanto os números da pesquisa, mas os apelos na mente das pessoas adotados pelo órgão. Por isso, o Guia Veja é fundamental para dar um cunho técnico ao tema da segurança dos alimentos, depurando-o de uma orientação política discutível - o que, aliás, tem enviesado muitas decisões desta agência regulatória, como atestam frequentes ações judiciais que enfrenta.
André Meloni Nassar
Diretor-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais - Icone

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